Introdução à Educação Digital e Tecnologias na Educação: Ensinando e Aprendendo com as TICs, por Chris
Iniciamos no decorrer deste ano letivo, num projeto do Ministério da Educação, o curso de aperfeiçoamento do Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional – PROINFO INTEGRADO.
No decorrer dos cursos temos observado o quanto é importante para os professores estarem sintonizados com as novas tecnologias, pois, em nosso entender os alunos de hoje já chegam para nós “informatizados”. E para que consigamos fazer um trabalho de contribuição em suas formações sócio/cultural e política, temos que estar à frente de seus anseios.
Uma das primeiras atividades que realizamos foi a seguinte:
Reflexões Iniciais
Atualmente a escola, diante deste novo panorama da sociedade, vem na medida do possível se adequando. Assim como a sociedade, a escola também vem mudando a passos largos, pois precisa se adequar a esta nova demanda, demanda de tecnologias (antes alheias), de um novo público (alunos com bagagem de informações cada vez maiores), novos conhecimentos, novas descobertas, o que hoje é uma verdade absoluta, pode não ser mais daqui a alguns anos, e outras situações.
O professor, hoje, em virtude destas mudanças precisa também estar aberto a estas situações, pois caso contrário corre o risco de ficar “obsoleto”, como um computador velho, que nunca se atualizou.
Nossa prática em sala de aula necessita estar de acordo com as mudanças vividas pela sociedade como um todo por isso, procuramos na medida do possível estar em contato com as novas tecnologias, fazendo uso das mesmas.
Procuramos também ter em mente, que o aprendizado não acaba nunca, e que o bom professor é aquele que é um eterno aluno...
Quanto às novas formas de alfabetização, faz parte do papel do professor compreender a importância e real significado destas novas formas de alfabetização e letramento.
Vivemos na era do conhecimento, mas devemos ressaltar que cabe à escola proporcionar metodologias que visem o desenvolvimento de novas competências, que venham de encontro com as necessidades de aquisição, compreensão, interpretação, assimilação, análise e repasse das informações. Informações estas que serão transformadas em conhecimento.
Por isso, temos que estar atentos e conscientes para estas mudanças (principalmente as tecnológicas), de maneira que elas venham somar na formação dos novos cidadãos, cada vez mais participativos e atuantes na sociedade em que estão inseridos.
Dando continuidade, refletimos sobre nossa prática pedagógica, pontuando itens importantes do professor como aprendiz:
Quem sou como professor e aprendiz?
Ser professor nos dias atuais é uma responsabilidade muito grande. Precisamos estar o tempo todo refletindo sobre nossa prática, sobre nossos objetivos, nossas metodologias.
Meus alunos estão avançando? É uma pergunta que devemos nos fazer diariamente. Em caso negativo, como proceder? O que preciso mudar? Ou melhorar? O professor precisa ter sensibilidade para perceber os canais de aprendizagem de cada aluno, e estar sempre resgatando quem vai ficando para trás. Em relação aos canais de aprendizagem de cada aluno/criança, temos as mídias como um grande potencializador destes canais. Por isso, o professor, deve estar constantemente se atualizando, pesquisando e trazendo para a sala de aula as novidades, que são sempre bem vindas, é claro.
Daí veio o primeiro desafio... para quem está se familiarizando com o uso das tecnologias... montar alguns slides sobre o uso destas tecnologias em nossas escolas. Foi bem legal fazer esta montagem. Muda fundo, fonte, texto, efeitos, detalhes...ufa! Quanta informação! Mas é assim mesmo! E eis que surge nossa montagem de slides.
E fomos seguindo, agora tivemos que conceituar hiperlinks:
Conceituando hipertexto.
Hipertexto é um documento, normalmente virtual e em forma de arquivo digital. É um texto que por sua amplitude adquiriu o prefixo hiper para dar idéia de sua grandeza e complexidade.
Não deixa de ser um texto, e como texto, uma das formas de expressão e comunicação. A característica mais destacada nesse tipo de documento, e por isso a sua idéia de hiper vem por conta do grande leque de conexões que o texto mantém com outros textos em momentos que o autor sente necessidade de fazer essas ligações, para reforçar e ou facilitar a informação que se deseja divulgar. (http://www.idbrasil.org.br/drupal/?q=node/30724)
Não deixa de ser um texto, e como texto, uma das formas de expressão e comunicação. A característica mais destacada nesse tipo de documento, e por isso a sua idéia de hiper vem por conta do grande leque de conexões que o texto mantém com outros textos em momentos que o autor sente necessidade de fazer essas ligações, para reforçar e ou facilitar a informação que se deseja divulgar. (http://www.idbrasil.org.br/drupal/?q=node/30724)
Trata-se de uma maneira de “ler” de forma diferenciada, pois ao clicarmos nos links, novas páginas vão se abrindo, e vamos incorporando, acrescentando, absorvendo novas informações, como nos relata o texto transcrito abaixo:
Com a disseminação da Internet, surge o hipertexto, que é um documento eletrônico composto de unidades textuais interconectados que formam uma rede de estrutura não linear, por meio de links, nos quais o leitor vai criando suas próprias opções e trajetórias de leitura, o que rompe o domínio tradicional de um esquema rígido de leitura imposto pelo autor. (http://www.escolabonilha.com/2009/voce-sabe-o-que-e-hipertexto/)
Sendo assim, complementamos relembrando que o pensamento humano não funciona de maneira linear, mas sim através de associações, e ao clicarmos nos links estamos fazendo estas associações, facilitando a aprendizagem e a construção de novos conhecimentos.
Principais características do Hipertexto
1. Intertextualidade;
2. Velocidade;
3. Precisão;
4. Dinamismo;
5. Interatividade;
6. Acessibilidade;
7. Estrutura em rede;
8. Transitoriedade;
9. Organização multilinear. (Wikipédia)
Quanto à incorporação dos hiperlinks em nossa prática pedagógica, já fazemos uso dos mesmos, quando pesquisamos um tema ou assunto para ser abordado em sala de aula.
E além de conceituar, tivemos que escrever a respeito de nossas percepções nesta atividade:
Percepções ao navegar por hipertextos
Fazer uso de um produto textual em que se navega além de ler, sem dúvida é uma experiência muito enriquecedora. Pois trata-se de uma nova forma de “ler” e de “aprender”. Particularmente, a experiência foi bastante válida, entre perdas e achados, navegamos por caminhos desconhecidos, e neste contexto fomos nos apropriando de conceitos e curiosidades a respeito do tema em questão e até mesmo de outros temas nada pertinentes à pesquisa. A linha tênue que demarca o caminho a ser percorrido neste ambiente virtual é mesmo um pouco confusa, o retornar para o início requer uma dose redobrada de atenção, pois percorremos diversos caminhos, em todas as direções. Entendemos mais claramente a importância de se direcionar o trabalho “virtual” dos alunos, de maneira que os objetivos sejam focados e a pesquisa tenha um efeito significativo. Acreditamos que a prática nos mostrará com mais facilidade a maneira de usar e aproveitar ao máximo as informações coletadas. Tudo é novidade, mas logo logo, fará parte do nosso dia a dia de maneira tão corriqueira, que nem iremos nos lembrar das dificuldades iniciais.
E na seqüência, aprendemos a fazer uma webquest. Não pensem que foi fácil. Foi necessário muita pesquisa (como podem ver a seguir), dedicação e empenho. Mas no final até que ficou legal!
Como Criar uma Webquest
(baseado em material do Prof. Bernie Dodge)
Não há uma fórmula pronta para a criação de produtos nos moldes da proposta metodológica sugerida por Bernie Dodge e Tom March. Mesmo assim, aponta-se aqui um possível caminho cujas fases são:
- Reveja as instruções do gabarito
- Delineie a tarefa
- Determine as fontes
- Estruture processo e recursos
- Escreva a introdução
- Escreva a conclusão
- Finalize a primeira versão
- Revise sua WebQuest
Defina Tema e Fontes
WebQuest é uma investigação cujas fontes são, sobretudo, informações veiculadas no ciberespaço. Assim, a primeira coisa a fazer é imaginar conteúdos de saber que possam ser aprendidos com o apoio de recursos existentes na rede mundial de computadores. Mais concretamente, para definir o tema você deve:
1. Escolher um assunto cujo desenvolvimento pode melhorar suas aulas.
2. Situar o assunto escolhido no currículo.
É bom lembrar que as WQ's não devem ser algo suplementar. Devem ser uma atividade curricular que integra o plano de trabalho do professor.
3. Imaginar uma abordagem que crie interesse.
4. Assegurar-se de que há fontes suficientes (e adequadas à sua clientela alvo) no espaço Web.
Com essas medidas preliminares, você terá uma idéia geral do que fazer. Nada ainda muito claro, mas um ponto de partida interessante.
Reveja as Instruções do Gabarito
Se você já estudou as referências básicas sobre WQ's, deve saber que o criador da proposta metodológica em estudo oferece três diferentes gabaritos para ajudar novos autores a editarem seus trabalhos. Em nossa página, você pode encontrar uma tradução do gabarito mais simples criado por Bernie Dodge. Para tanto, você deve:
1. Clicar em Gabarito em Português.
2. Ler com atenção o resumo descritivo das partes componentes de uma WebQuest.
Delineie a Tarefa
O modelo criado pelo Prof. Bernie tem em comum com a pedagogia de projetos a crença de que devemos saber para fazer e não apenas saber por saber. Por essa razão, a alma de uma WebQuest é a Tarefa. Se você criar uma tarefa mal definida, sua WebQuest não será um desafio capaz de entusiasmar os estudantes. Assim, no processo de planejamento, convém dedicar bastante tempo e os melhores esforços no desenho de uma tarefa impactante, desafiadora, motivadora. Criar tarefa com essas características exige sobretudo clareza, compreensão de como funcionam nossas habilidades cognitivas, e muita criatividade. Para estruturar sua tarefa, experimente o caminho indicado pelas seguintes dicas:
1. Ler com atenção WebQuest Taskonomy: A Taxonomy of Tasks.
Se preferir, você pode encontrar nesta página a tradução deste material do Bernie. Para tanto clique em Taskonomia.
2. Estudar um resumo da classificação dos saberes de acordo com Bloom e associados, cuja tradução pode ser encontrada aqui em Classificação de Bloom.
Tarefas bem concebidas devem exigir que os alunos trabalhem mais que a dimensão conhecimento. Boas tarefas exigirão uma ou mais das dimensões crescentemente complexas nesta ordem: compreensão, aplicação, análise, síntese, avaliação.
3. Examinar algumas Tarefas de boas WebQuests.
4. Dar asas à imaginação.
Fuja do convencional. Esqueça o que você faz normalmente na sala de aula. Imagine trabalhos que os alunos possam produzir e que, ao mesmo tempo, sejam situações dos fazeres cotidianos da vida em sociedade.
5. Discutir suas idéias com companheiros, professores ou orientadores.
Teste suas idéias. Exponha-as para ver como as pessoas reagem. Busque auxílio. Troque idéias. Tudo isso pode enriquecer seu trabalho.
6. Determinar algo que seja factível e claramente relacionado com fazeres da vida.
Sua tarefa deverá ser algo que os alunos possam fazer. Outro cuidado: escolha coisas que acontecem ou podem acontecer no mundo em que vivemos. Se possível, evite coisas muito escolares como seminários, palestras, questionários etc.
Determine as Fontes
Você já sabe que as fontes preferenciais de informação devem ser recursos disponíveis na Internet. Sabe também que, no âmbito do tema escolhido, há material suficiente (e adequado para a clientela) no espaço Web. Chegou a hora de peneirar esses recursos para ficar apenas com aquelas referências que você acha que vai utilizar em sua WQ. Talvez seja conveniente resolver se será necessário utilizar recursos off-line. Para tanto, você deve:
1. Examinar os endereços Web já selecionados.
2. Verificar se há mais endereços que valha a pena considerar.
3. Peneirar tudo e ficar apenas com aquilo que realmente interessa.
4. Julgar conveniência ou necessidade de utilizar fontes não disponíveis na Internet (livros, revistas, folhetos, artigos, discos, vídeos etc.)
5. Estabelecer a lista de recursos (on e off-line) que você acha adequada para a consecução da Tarefa.
Estruture o Processo e Recursos
Agora é preciso elaborar o roteiro que irá ajudar seus alunos a obterem bons resultados na Tarefa. Lembre-se de que o Processo é uma espécie de receita, indicando passo a passo a direção que os alunos deverão seguir. Outra coisa: os recursos que você selecionou serão apresentados na medida que os alunos deles necessitarem. Não há, obviamente, uma única forma de estruturar Processo e Recursos, mas as indicações que seguem refletem modos de fazer de muitos produtores de WQ's. Na estruturação de Processo e Recursos, convém:
1. Especificar expectativas quanto ao trabalho em grupo.
Como regra, WebQuests são processos investigativos conduzidos por um grupo. O modo de trabalhar das equipes a serem constituídas dependerá da natureza da tarefa, de particularidades que você acha interessantes, de dinâmicas que você acha adequadas para sua WQ. Por isso é importante que você estabeleça com clareza como o grupo deve ser constituído, como a dinâmica deverá ocorrer etc.
2. Definir papéis dos componentes do grupo quando for o caso.
Na maioria das WebQuests, a Tarefa exige visões diferentes do problema. Geralmente isso é representado por papéis característicos cuja representação garante estudos baseados em diferentes olhares. É por essa razão que convém definir bem as características de cada papel ou personagens que você criar.
3. Estabelecer os passos a serem seguidos no estudo das fontes (Recursos) e na elaboração do produto ou produtos resultantes da Tarefa.
Escreva a Introdução
Você já tem uma boa idéia do que os alunos irão fazer. Já estruturou uma sugestão de como fazer que, certamente, irá ajudar os aprendizes a elaborarem certos saberes. Chegou a hora de elaborar a Introdução. Nessa parte de sua WQ, você deve:
1. Escrever um texto dirigido à sua clientela.
Converse com seu público. Seja direto. Use linguagem clara e compreensível.
2. Motivar os clientes de sua WQ.
O texto de sua introdução deve funcionar como aqueles pequenos trechos que acompanham manchetes de jornais: diretos, instigantes, envolventes, motivadores.
3. Ser breve
Como regra geral, introduções são textos de um ou dois pequenos parágrafos. Muito raramente a Introdução poderá ser algo mais incorporado.
4. Evitar didatismo
Muita gente escreve introduções como se estas fossem a primeira parte de livros didáticos tradicionais. Entre outras coisas, dão explicações etimológicas, resumem o que vai ser apresentado, contam alguma história exemplar. Essa é uma prática centrada no assunto, não nos leitores. Fuja desse modo tradicional de escrever introduções.
Escreva a Conclusão
À semelhança da Introdução, a Conclusão deve ser algo claro, breve e simples. Para concluir sua WQ convém seguir uma ou mais das seguintes direções:
1. Reafirmar aspectos de interesse registrados na Introdução.
2. Realçar a importância daquilo que os alunos aprenderam.
3. Apontar caminhos que podem ajudar os alunos a continuarem estudos e investigações sobre o tema.
Finalize a Primeira Versão
Sua WebQuest está praticamente pronta. Basta agora revisar texto, escolher uma ou outra imagem para embelezar a sua obra etc.
Se você é marinheiro de primeira viagem e não conta com auxílio de pessoas que entendem de editores Web e/ou HTML, use um dos gabaritos do Prof. Bernie para editar o trabalho. Clique em WebQuests Templates. Se você quiser utilizar o Gabarito mais simples em português, clique em Gabarito em Português.
Revise sua WebQuest
Antes de considerar pronto o seu trabalho, convém testá-lo de alguma forma. Você pode fazer isso com um pequeno grupo de alunos; ou pode pedir que dois ou três colegas seus avaliem sua obra. Se você escolher a última opção, utilize A Rubric for Evaluanting WebQuests. Se preferir a versão em português clique em Uma Rubrica Para Avaliar WebQuests. Imprima o material e entregue-o a seus avaliadores. Depois que eles preencherem a folha de avaliação, faça os devidos acertos no seu material.
Utilize Outros Materiais
Elaboramos aqui um roteiro para ajuda-lo a produzir sua WebQuest. Nossa sugestão não é a primeira na praça. Há muitos outros materiais que você pode utilizar como ferramenta. Segue aqui uma lista de roteiros, dicas e explicações existentes no espaço WEB.
E para finalizar, acredito que ainda temos muito para aprender. Vamos lá então?
Bjos a todos
Professora Chris
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